06 de dezembro de 2025 - SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Inverno pode aumentar casos de infarto

Com a chegada do inverno hoje(21), as temperaturas começarão a cair ainda mais em todo o país. Alguns boatoscirculam nas redes sociais dizendo que será o inverno mais rigoroso dos últimos100 anos. A informação não é confirmada tecnicamente por especialistas que, poroutro lado, não excluem a informação de que teremos sim, um inverno mais geladoeste ano. Este comentário assusta toda a população, sobretudo, a que vive nasruas frias de São Paulo. Uma pesquisada publicada pelo Instituto de PesquisaEconômica Aplicada (Ipea) em 2017 estima que no Brasil existem mais de 100 milmoradores de rua. 

 

De todo modo, com astemperaturas mais baixas nos próximos meses, a Sociedade de Cardiologia doEstado de São Paulo (Socesp) adverte que casos de infarto e outras doenças docoração podem aumentar, principalmente entre os idosos, cardiopatas e pessoasque ficam expostas ao tempo, como os moradores de rua. 

 

O frio aumentou os riscosdos moradores em situação de rua e outras pessoas que ficam expostas ao tempo,a desencadearem ou desenvolverem doenças cardiovasculares. O cardiologista e presidente daSocesp, Dr. José Francisco Kerr Saraiva, explica que, em baixas temperaturas, oorganismo aumenta a atividade metabólica para produzir mais calor e, assim,aumentar a temperatura corpórea e o frio induz ao espasmo das artériascoronárias. “Esse movimento faz com que o coração se esforce mais, o que podedesencadear uma insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio e arritmias”, afirmaSaraiva.

 

Levantamento da FundaçãoInstituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), divulgado em 2016, apontou que acapital paulista tem 15.905 mil moradores de rua, o dobro do existente no ano2000. Segundo a prefeitura de São Paulo, existem 10 mil vagas fixas paraacolhimento de moradores de rua e, emergencialmente, foram criadas 1.437,totalizando 11.437. Quase 30% dos moradores ficam desabrigados, aumentando orisco de desenvolverem diversas doenças, incluindo as cardiovasculares.

 

A Socesp destaca que oconsumo de alimentos quentes, como sopas, e o uso de agasalhos adequados sãoimportantes para tentar reduzir os riscos à saúde e, especificamente,contribuem para a prevenção de doenças cardiovasculares. Para evitarcomplicações, as pessoas que ficam expostas às baixas temperaturas devemmanter-se agasalhadas. Além disso, o consumo de líquidos aquecidos é uma boaopção de aquecer o organismo.

 

Para Saraiva, os moradoresde rua, muitas vezes idosos, já com cardiopatia ou não, às vezes abusam doálcool, com a falsa ideia de se proteger do frio, e acabam sofrendo hipotermia,com risco de morrer. “No inverno, pacientes mais idosos e portadores decardiopatias crônicas têm mais chances de desenvolver complicações”, salienta ocardiologista. 

 

Pessoas com maiorpropensão a doenças nesta época, como cardiopatas, idosos e portadores deoutras doenças crônicas, devem proteger-se das baixas temperaturas,agasalhando-se de maneira adequada, reduzindo a exposição ao frio, tomando osmedicamentos de uso habitual e alimentando-se adequadamente.

 

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Psicóloga da Sociedade de Cardiologia doEstado de São Paulo – Socesp, alerta para os riscos cardiovasculares diante defortes emoções

No próximo domingo (17)acontece a estreia do Brasil da Copa das Confederações, momento tão esperado apósos inesquecíveis 7x1 da Alemanha contra o Brasil. Tal circunstância sugere umaansiedade ainda maior entre os torcedores brasileiros que, quatro anos depoisse reunirão para vibrar e torcer mais uma vez pela seleção brasileira!

O futebol é uma caixinha de surpresas e amontanha russa de emoções em jogos mais importantes podem causar um misto desentimentos que envolve ansiedade, estresse, nervosismo, preocupação, alegria epode, também, interferir na saúde dos torcedores, em especial, na saúde docoração.

Acontece que quando lidamos com fatoresexternos que abalam o psicológico de alguma forma, provocamos uma descarga deadrenalina no corpo, o que pode elevar a pressão arterial, acelerar osbatimentos cardíacos e a frequência da respiração, é o que alerta a diretora dodepartamento de Psicologia da Sociedade de Cardiologia do Estado, JenniferFrança.

Segundo a especialista, o estresse é uma reaçãodo organismo que ocorre quando há a necessidade de lidar com situações queexijam um expressivo esforço emocional. O estresse como resposta do corpo paraesse mix de sentimentos pode resultarem um infarto do miocárdio, arritmia cardíaca ou AVC (acidente vascularcerebral), especialmente em quem já tem uma predisposição ou uma doença prévia.

Mas os cuidados com o coração devem ser lembradosdiariamente, uma vez que estamos sujeitos a várias sensações durante um mesmodia. “Cuide do corpo e da alma, fortaleça sua mente e o seu coração paraenfrentar a temporada de jogos e lembre-se: nenhuma partida é mais importanteque sua saúde e seu coração!”, aconselha França.

Além disso, a especialista recomenda: entre noritmo da seleção e cuide da sua saúde cardiovascular: pratique atividadesfísicas, mantenha uma alimentação saudável, controle o emocional, evitetabagismo e o excesso de peso, assim, sairemos todos vencedores de mais umacompetição mundial!

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Espiritualidade pode reduzir risco de doenças cardiovasculares




Valores ligados à espiritualidade, como a crençareligiosa, capacidade de perdoar, senso de gratidão e bons sentimentos, podemreduzir o risco de doenças cardiovasculares e/ou melhorar a resposta dospacientes ao tratamento

O tema, cada vezmais considerado na prática clínica em geral, será abordado em 31 de maio, das17 às 18 horas, no primeiro dia do 39º Congresso da Sociedade de Cardiologia doEstado de São Paulo – Socesp, no Transamérica Expo Center, na capital paulista.O Painel “Questões relevantes em Espiritualidade para a Prática Clínica”, serácoordenado por Ieda Biscegli Jatene, diretora da Socesp, e terá os seguintespalestrantes: Álvaro Avezum, diretor de Promoção e Pesquisa da entidade econsiderado pela consultoria Thomson Reuters (2014) como um dos quatrocientistas brasileiros com produção acadêmica de maior impacto no mundo;Roberto Esporcatte, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro emembro do Grupo de Estudos em Espiritualidade e Medicina Cardiovascular; e
  Elizabete Silva dos Santos, chefe da Seção deEmergências e Coordenadora do Centro de Treinamento e Simulação em Cardiologiado Instituto Dante Pazzanese. 

Diferentespesquisas descrevem que a fé e a espiritualidade podem ajudar a reduzirsintomas como ansiedade, depressão e estresse, além de mudar hábitos como pararde beber e fumar. Em consequência, podem diminuir o risco de doençascardiovasculares. O médico Álvaro Avezum salienta que a espiritualidade nãoestá necessariamente ligada a uma religião. “É o conjunto de atitudes que aspessoas adotam na sua prática de vida e a maneira como se relacionam. Acapacidade de perdoar, que elimina mágoas e é um conceito ligado àespiritualidade, é um exemplo disso. Tudo pode interferir no estado emocional,que influencia a saúde e o tratamento de doenças”.

A espiritualidadetambém pode ajudar no enfrentamento de modo mais sereno de situações comunsna sociedade contemporânea, como dificuldades
financeiras, separação conjugal, questões relacionadas aos filhos ou àfamília, desemprego e problemas profissionais. De acordo com o cardiologista,“ao nos sentirmos magoados por algum motivo, liberamos adrenalina nacirculação, o que é altamente benéfico quando estamos praticando exercíciosfísicos e precisamos que o sangue chegue aos músculos e a respiração acelere”.Acontece que, quando estamos parados, a adrenalina pode não ser tão benéficaquanto em atividades físicas, provocando aumento dos batimentos cardíacos e dapressão arterial e a constrição dos vasos, podendo até mesmo resultar em uminfarto.

Para Avezum,entender as práticas diárias, criar bom relacionamento com o paciente eestabelecer com ele uma confiança recíproca são os pontos primordiais para queo médico desenhe um perfil emocional e identifique a reação das pessoas diantedas emoções.

Depoimentos deRoberto Esporcatte reiteram que a espiritualidade não está necessariamente ligadaa uma religião, mas à busca pessoal de um propósito para a vida e de umatranscendência, que envolve também as relações com a família, a sociedade e oambiente. Para o especialista, o médico não pode deixar de interagir com opaciente sob esse aspecto. A abordagem aplica-se, ainda, àqueles que estão nogrupo não religioso, como agnósticos ou ateus.

Segundo Esporcatte,inúmeros estudos vêm demonstrando que indivíduos com maior religiosidade ouespiritualidade apresentam menor incidência de muitas doenças. Além disso, essegrupo consome menos álcool e tabaco e tem menos sintomas depressivos.

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