06 de dezembro de 2025 - SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Alerta sobre os graves riscos do tabagismo marca abertura do Congresso da Socesp

No DiaMundial Sem Tabaco, 31 de maio, cerca de 7 mil cardiologias se reúnem em SãoPaulo para discutir o tema. No evento, será realizada pesquisa in loco

 

Acontece entre os dias 31 de maio e 2 de junho, o 39o Congressoda Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), no TransaméricaExpo Center.  Na abertura, mesma data em que se comemora o Dia Mundial SemTabaco, a Socesp debaterá o alto fator de risco às doenças cardiovascularescausadas pelo cigarro.

O evento reunirá mais de 7 mil cardiologistas, e no dia 31 serárealizada uma pesquisa in loco,através do aplicativo do Congresso, para avaliar como os médicos tratam aquestão do tabagismo em consultório. Os resultados serão computados edivulgados ao final do dia.

Para reforçar a importância de discutir a relação entre tabaco e saúdedo coração, a OMS (Organização Mundial da Saúde) escolheu o tema “Tabaco eDoença Cardíaca” para celebrar o Dia Mundial Sem Tabaco deste ano.

Há dois bilhões de fumantes no mundo. O Brasil ocupa o oitavo lugarnesse ranking. “Os números são assustadores: 7,1 milhões de mulheres e 11,1milhões de homens são fumantes no País“, salienta o cardiologista e presidenteda SocespDr. José Francisco Kerr Saraiva. 

“O tabaco é o maior responsável pelas mortes evitáveis em todo o mundo.Embora a fabricação e venda de cigarros seja legal e liberada, a decisão entrecomprar ou resistir ao vício é do consumidor”, enfatiza o médico, explicando:“Por isso, com a ação em nosso congresso, proporemos uma reflexão sobre aimportância de evitar o tabagismo, crucial no âmbito do principal objetivo daSocesp, que é reduzir o índice de mortalidade por doençascardiovasculares”. 

O presidente da Socesp comenta que, se as pessoas não passarem a seconscientizar, em 2030 o cigarro matará diretamente oito milhões de indivíduosem todo o mundo. O tabagismo é considerado um dos principais fatores de riscopara as doenças não transmissíveis e está em um quadro que corresponde a 40milhões de mortes no ano. Esse total é equivalente a 70% dos óbitos em todo omundo. 

Além dascomplicações cardiovasculares e respiratórias que o cigarro causa à saúde, aeconomia nacional também é muito onerada. No Dia Mundial sem Tabaco de 2017,o 
Ministério da Saúde divulgou estudoapontando que o Brasil tem prejuízo anual de R$ 56,9 bilhões devido aoconsumo de cigarros e outros derivados do tabaco. São R$ 39,4 bilhões relativosa custos médicos diretos e R$ 17,5 bilhões, indiretos, como a perda deprodutividade, provocada pela morte prematura ou incapacitação detrabalhadores.

Intitulada “OTabagismo no Brasil: morte, doença e política de preços e impostos”, a pesquisarevelou as doenças relacionadas ao tabaco que mais causaram despesas para oBrasil em 2015, nos sistemas de saúde público e privado:  doençascardíacas; doença pulmonar obstrutiva crônica; cânceres diversos; e pneumonia.Muitos não fumantes são afetados pelo tabagismo passivo, ou seja, aspiram comfrequência a fumaça do cigarro de viciados. Em2015, o tabagismo provou 156.216 mortes no Brasil, cerca de 12% dos óbitosde indivíduos com mais de 35 anos.

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Cinquenta anos depois do feito de Zerbini, congresso aborda o transplante cardíaco

Cinquenta anos depois de o médico Euryclídes de Jesus Zerbinirealizar, em 26 de maio de 1968, o primeiro transplante de coração no Brasil, oprocedimento será tema do 39º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estadode São Paulo – Socesp.

 

Apalestra “Transplantecardíaco como opção terapêutica” será proferida, às 10 horas do dia 31 de maio,no Transamérica Expo Center, pelo médico Fernando Bacal, livre docente em Cardiologiapela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretor da UnidadeClínica de Transplante Cardíaco do Instituto do Coração (InCor).

OInCor nasceu do Centro de Ensino de Cirurgia Cardíaca, criado por Dr. Zerbini. Depoisde cinco décadas desde o feito do notório cirurgião, a prática tem contribuídopara salvar as vidas de muitos brasileiros. Em 2016, por exemplo, segundo dadosoficiais do Ministério da Saúde, o Brasil bateu o recorde nacionalde transplantes de coração, com a realização de 357 procedimentos.

O transplante é indicado em casos deproblemas cardiovasculares mais graves, que colocam em risco a vida do pacientee não podem ser tratados clinicamente ou por meio de outras modalidades cirúrgicas.Os casos nos quais há mais indicação são os de miocardiopatia, doença cardíacacongênita e válvulas cardíacas com alterações graves.  

 

O transplante pode ser realizado emtodas as faixas etárias, desde recém-nascidos até idosos. Há dois tipos: o ortotópico,que se caracteriza pela substituição de um coração por outro; e o heterotópico,quando o coração do doador é implantado sobre o do receptor, que fica,portanto, com dois órgãos.

 

Gravidade é critério para a fila de cardíacos

 

Para que um paciente entre na fila parareceber o procedimento, é necessário que seu médico faça seu cadastramento noSistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde. No caso deportadores de doenças cardiovasculares, o principal pré-requisito para aoperação não é a data de cadastramento, mas a gravidade do problema, aliada àcompatibilidade sanguínea com o doador do órgão.

 

O sistema tem um prontuário eletrônico,que pode ser acessado na internet pelo paciente ou o responsável, com o númeroe senha gerados no ato de inscrição no Cadastro Técnico Único. Atualmente,cerca de 260 pessoas aguardam a doação de um coração no Brasil, sendo 120 emSão Paulo. No grupo, há 44 crianças.

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Projeto melhora hábito alimentar de alunos em escolas públicas

Programa estimula alunos a experimentarem alimentos que até então recusavam e ajuda a ampliar seus gostos e acessos a nutrientes variados 


Experiências bem-sucedidas em 15 escolas públicas de São Paulo serão apresentadas durante o 39º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo - Socesp, que reunirá mais de sete mil cardiologistas na capital paulista durante o feriado de Corpus Christi. 

Do desejo de conscientizar professores e alunos sobre as doenças cardiovasculares, uma das principais causas de mortalidade no Brasil, nasceu em 2018, o "Projeto Coração Saudável", parceria entre a Socesp e a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. 

Hoje, cinco meses após o início da parceria, já é possível perceber os primeiros frutos. Exemplo disso são os projetos "Alimentação Saudável: Como aumentar o consumo da alimentação escolar", da Escola Estadual Fortunato Pandolfi Arnoni, em Mauá; "Coração Saudável", da Escola Estadual Reverendo Atael Fernando Costa, em Diadema; e "O sabor da Vida", da Escola Estadual Itajahy Feitosa Martins, em Itapevi. 

Três projetos importantíssimos e que estão mudando a rotina dos alunos do 1º ao 5º ano, que não se interessavam pela alimentação servida na escola e que recorriam a lanches pouco saudáveis, como doces, biscoitos recheados, chocolates e salgadinhos. 

O índice de obesidade e sobrepeso entre os alunos vinha crescendo a cada ano e, paralelamente, o aumento do consumo de alimentos processados e ultraprocessados também. Para mudar esse quadro, a Socesp, empenhada em reduzir a mortalidade por doenças cardiovasculares, firmou parceria a fim de promover a educação alimentar dos alunos, por meio do maior conhecimento sobre os alimentos que consumiam. 

As escolas puderam escolher a melhor metodologia para desenvolver o projeto, sendo que tinham como único objetivo desenvolver situações de ensino que estimulassem a reflexão sobre a importância da qualidade da vida e prevenção das diversas doenças provenientes da má alimentação e sedentarismo. 

De acordo com o presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, Dr. José Francisco Kerr Saraiva, o programa "Alimentação Saudável", é coordenado através da parceria entre a Socesp e Secretaria do Estado da Educação de São Paulo e visa ampliar as ações de prevenção na rede estadual de ensino e conscientizar os alunos sobre os fatores de riscos cardiovasculares que estão diretamente ligados à alimentação. 

"A Socesp atua fortemente, capacitando e orientando professores, preparadores de merenda e dirigentes escolares, no intuito de desenvolver ações conjuntas de cooperação e intercâmbio de informações, concentradas na promoção da conscientização dos alunos da rede estadual de ensino, visando à prevenção de doenças cardiovasculares", salienta Saraiva.

O projeto está sendo executado em 11 escolas na Região Metropolitana e tem sua expansão prevista, em 2018, para mais 16 estabelecimentos no Interior e Litoral de São Paulo.

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